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Humor, crítica, crônica, comédia e sátira sobre o Rio de Janeiro, o Brasil e o Mundo |  Defendendo o humor inteligente do Capitalismo e do Aquecimento Global, antes que se torne brinde de pasta de dentes

terça-feira, 28 de outubro de 2008



Domingo no Rio

No Domingo do segundo turno, voltando da casa do meu pai, num acesso à Linha Amarela, escapei por pouco de um assalto.

Um carro na minha frente estava meio lento, na esquerda, eu achei meio estranho e reduzi. De repente ele vira e fecha a rua, abre as portas e os caras vão saindo com os fuzis na mão. Eu virei e acelerei, cortando pela esquerda. Um deles chegou a atirar meio atrapalhado e errou (provavelmente atirou no chão).

Tive impressão de ver o carro deles pelo retrovisor, me seguindo. Fugi a toda desviando dos outros, alheios à minha situação. No acesso à Perimetral senti que um pneu estava furado mas não parei... Descendo pra pegar a Francisco Bicalho o carro quase derrapou, então resolvi parar (antes que sofresse um acidente).

O pneu estava todo acabado e a roda cheia de dente. Procurei mas não vi buraco de bala.

Tudo em que conseguia pensar era o que poderia ter acontecido se minha esposa e meu filho estivessem no carro. Teria tido a mesma reação? A mesma sorte?

Estive perto de levar um tiro, e não era bala perdida. A bala era pra mim. E ainda ia ser o culpado, por tentar fugir.

É como dizem, os incomodados que se mudem.

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